Quarenta e cinco médicos veterinários da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) estão visitando propriedades rurais em que há atividade ligada à pecuária, em território rondoniense e no município de Lábrea (AM), para traçar um mapa de biosseguridade dos rebanhos bovinos e bubalinos, contemplando quantidade de cabeças, medidas de manejo e perfis dos processos de produção, dentre outros.
A atividade, prevista no escopo do plano estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE PNEFA), é realizada pelo Governo de Rondônia em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O objetivo é entrevistar 405 pecuaristas, 403 no território rondoniense e duas em Lábrea. As entrevistas tiveram início neste mês de julho, com previsão de finalização em agosto.
Os médicos veterinários participaram, em junho passado, de um treinamento específico para esse estudo em campo. O levantamento é feito por meio de questionário eletrônico, em aplicativo da UFMG instalado em tablets de última geração adquiridos pela própria Idaron. “Para que não haja nenhum imprevisto na execução do trabalho e dar maior celeridade ao processo, a Agência investiu em tecnologia de ponta, o que garante menor tomada de tempo ao produtor e praticidade ao profissional que realiza a pesquisa”, destacou Márcio Alex Petró, coordenador do Programa da Febre Aftosa da Idaron.
Ele explica que, a suspensão da vacinação é altamente positiva para a economia e para o setor produtivo, possibilitando grande alcance mercadológico para a carne produzida no Estado. “Contudo, nosso rebanho fica vulnerável, caso haja uma possível introdução do vírus da febre aftosa. Para que essa vulnerabilidade seja mitigada, o Mapa traçou inúmeras estratégias e uma delas é esse levantamento, que servirá de base para implantação de mudança de comportamento por parte do produtor”, salienta.
REBANHO
Ainda segundo Márcio Petró, através dos perfis e quantidade de rebanhos, o Ministério poderá definir com mais assertividade as medidas que devem ser adotadas pelo pecuarista, com foco no manejo e na biosseguridade, conforme a quantidade de animais de cada propriedade. “Primeiramente, será verificada quais medidas já são adotadas pelo criador. O que ele está fazendo para precaver-se para que o vírus não entre ou até mesmo circule pelo seu rebanho. Com base nas respostas de cada produtor, será traçado o perfil da propriedade e criada estratégias para orientar o pecuarista”, explica Petró.
Dentre as medidas defendidas pelo Mapa, há ações simples, mas consideradas importantes para a manutenção da sanidade do gado, como a manutenção de protocolos de manejo e de circulação de pessoas no ambiente onde os animais são criados. “Algumas pessoas ignoram, mas há doenças que são transmitidas aos animais pelo homem, através da roupa ou calçados infectados”, alerta.
“Esse trabalho, que é realizado concomitantemente em Rondônia, Acre, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, também nos permitirá definir, aqui no Estado, qual o grupo prioritário para que a gente faça educação sanitária, com ênfase em biosseguridade e manejo”, conclui.
Assessoria