A transposição de pessoas de Rondônia para o quadro em extinção da administração federal se transforma no “jogo da corda”, prova que exige tração simultânea em ambas as pontas.
Em campo e junto aos soldados que avançam rumo ao espaço federal, entrincheirada está a discordância entre os comandantes de frente da transposição quanto a escolha desta ou daquela arma para enfrentar seus oponentes em Brasília.
Não é por menos! Claro e evidente está, entre os dois lados, enorme disparidade de armas, o que dá à CEEXT confortável posição de supremacia já que está assentada sobre alicerce de vastos recursos e assessorias do governo federal e a impor marcha lenta para a Transposição; já do lado de Rondônia a situação atual é de dispersão em vários grupos tomados por angustias ao tempo que “praticam” cabo de guerra entre si.
Entre si?
__Sim, isso mesmo, uma espécie de fogo amigo!
Não é fácil conquistar resultados positivos com uma equipe, quando membros dela própria trabalham em descompasso e sentidos opostos aos demais, ainda que possam jurar estar fazendo o correto e em momento certo. Tais procedimentos não servem ao interesse coletivo. Neste caso, não é um “time”, e sim, um pequeno grupo de pessoas com interesses divergentes.
Enquanto perdura a discórdia instalada nas trincheiras da transposição, o pelotão da linha de frente pertencente ao grupamento de Rondônia, formado por ex-servidores, ex-empregados e políticos fica quase que sem vez e voz quanto à produção efetiva de resultados, mediante insistente imposição aplicada pela Comissão Especial dos Ex-territórios Federais de Rondônia, de Roraima e do Amapá – CEEXT.
E é nesse cenário, de indecisões, impróprio para determinar com precisão quais momento e armas, é que se tem aflorado o desespero (resultado da marcha em rumos distintos) em alguns dentre os poucos do pelotão de frente, defendendo ter chegada a hora de buscar ajuda do judiciário; já outros, ainda dentre os poucos, preferem continuar a lutar para que resolva a Transposição sem que seja necessário provocar o judiciário, pelo menos por enquanto.
Nessa altura da peleia, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come; I) pois se abraçar uma açāo no judiciário, pode significar dar sombra e água fresca para a CEEXT e esta irá dizer que a bola-bomba foi passada para a justiça e etc., etc., etc. II) a continuar no morno (brincadeira do tá quente ou tá frio) dos afazeres administrativos, o que se vê de maneira impiedosa é o casamento dos números da contagem dos tempos que se vão, com os números de vidas que também se foram. Traduzidas em “baixas”.
Então o que fazer?
Vozes diriam que numa democracia é assim mesmo e que discórdias servirão de tempero para, no final, saborear bom prato e concluiriam dizendo que toda unanimidade é burra.
No caso em tela e enquanto a corda não arrebenta de vez, imagina-se que, se 12.000 ou mais vozes pedissem para tirar um só soldado 4 estrelas do lado da comissão de Brasília, a unanimidade poderia até continuar burra, mas que abateria psicologicamente quem quer que esteja atravessando obstáculos na passagem dos soldados do grupamento de Rondônia. Ah sim, sem dúvida estas vozes iriam movimentar os neurônios de alguns coronéis da economia lá em Brasília e, como resultado estaria se colocando os ociosos oponentes a segurar na outra ponta da corda.
Para tanto o que resta de munição por ora é que, humildemente, soldado por soldado combatentes na transposição se voltem para o centro da batalha e entrem em forma novamente, desta vez, cobrando muito de todos os onze da bancada política de Rondônia.
Ufa! Enfim juntos, porém, unidos numa só ponta da corda.
Selva!
(Por Pedro Porfírio da Silva / Ex-Teleron)