Sílvia Cristina aproveitou a janela partidária para pular do barco pedetista direto na canoa bolsonarista, sem perigo de perder o mandato nesta reta final
A deputada federal rondoniense Sílvia Cristina deixou o PDT, considerado um partido de centro-esquerda, e ingressou no PL, do presidente Jair Bolsonaro, para tentar a reeleição. Mas a adesão de última hora da parlamentar enfrenta forte resistência nos grupos bolsonaristas, que prometem barrar seu nome na convenção partidária por considera-la “uma estranha no ninho”.
Ex-aliada do presidenciável Ciro Gomes, ardoroso crítico de Bolsonaro, Sílvia Cristina deixou um partido identificado com as causas progressistas (leia-se, de esquerda) para se aliar ao PL, presidido pelo mensaleiro Waldemar da Costa Neto, e agora tem a missão de trabalhar, em Rondônia, pela reeleição de Bolsonaro, de quem foi oposição nos últimos três anos.
Sílvia Cristina aproveitou a janela partidária para pular do barco pedetista direto na canoa bolsonarista, sem perigo de perder o mandato nesta reta final. A troca-troca ajudou o PL a formar a maior bancada na Câmara Federal, com 77 parlamentares, todos do Centrão. Se tivesse permanecido no PDT, a deputada não teria a menor chance de se reeleger. No PL, acredita – se não for barrada na convenção – que poderá voltar à Câmara em 2023.