VEREADORES EM BRASILIA. Esta semana, aconteceu uma grande polêmica nas redes sociais em Cacoal. O motivo das discussões foi a ida de três vereadores da Capital do Café a Brasília, sob a alegação de que iriam em busca de recursos para o município. Maria Simões, Euzébio Brizon e Wilson Tim alegaram em suas justificativas diversas razões para viajarem até a capital do Brasil e divulgaram no Portal da Transparência da Casa de Leis uma extensa agenda de reuniões com deputados e senadores da bancada de Rondônia. O grande problema na viagem dos vereadores é que os próprios deputados federais e senadores têm frequentado pouco Brasília, porque eles participam de sessões pelo sistema de videoconferência e muitas vezes ficam em seus estados a semana inteira. A agenda de reuniões dos vereadores com deputados envolve os cinco dias úteis da semana, porém, mesmo quando não há pandemia, não é fácil encontrar deputados e senadores em seus gabinetes em dias de segunda-feira e sexta-feira. Para completar a polêmica, vários deputados que constam na lista de reuniões dos vereadores foram vistos em diversos municípios do estado, inclusive em Cacoal, durante praticamente toda a semana.
PROMESSAS DE CAMPANHA. O vereador Nílton Cesar da Mata, o professor Nilton parece não estar satisfeito com a atuação do deputado Adailton Fúria e não somente com a atuação, mas principalmente com as promessas que foram feitas durante a campanha e não foram cumpridas pelo deputado. Segundo o professor Nilton, o deputado esteve em uma associação rural no período de campanha e prometeu uma série de benefícios para os membros da associação, mas nunca mais apareceu no local, depois que foi empossado. O professor Nilton comentou que o presidente da associação estaria criando cães de guarda para esperar o deputado, caso ele voltasse a pedir apoio para a próxima eleição na mesma associação. As promessas não cumpridas pelo deputado seriam obras de asfalto na linha em que fica a citada associação. Na mesma ocasião em que fez críticas ao deputado Adailton Fúria, o professor Nilton lembrou que a prefeita Glaucione Rodrigues também assinou compromisso com os moradores, para asfaltar a rua Blumenau e não cumpriu. Vereador lembrou ao deputado e à prefeita que no universo político nenhuma pessoa está obrigada a fazer compromisso, mas,quando faz, passa a ter a obrigação de cumprir as promessas.
RESPOSTA DO FÚRIA. O deputado Adaílton Fúria, imediatamente após tomar conhecimento das críticas feitas pelo vereador professor Nílton, durante a sessão ordinária da Câmara de Cacoal,ficou enfurecido e procurou um programa de TV local para revidar as críticas, declarando que considera o vereador um sem-vergonha. O curioso é que Fúria resolveu rebater as críticas mesmo sem ter seu nome citado e pediu ao vereador que, na próxima vez, fique à vontade para citar seu nome. Esse clima de briga pessoal e de revide certamente não vai trazer nenhum resultado favorável para a população de Cacoal e pode atrapalhar muito as coisas. Talvez o melhor caminho seja o vereador e o deputado entenderem que a população espera ações em benefício da coletividade. Ao deputado Adaílton Fúria, lembramos que os homens públicos estão sujeitos a críticas que isto é natural no universo político brasileiro. Com relação à associação em que as promessas teriam sido feitas pelo deputado, é importante esperar com paciência e torcer para que as obras prometidas aconteçam até as eleições de 2022.
CALENDÁRIO ELEITORAL. Os servidores públicos que pretendem disputar as eleições deste ano têm até amanhã, dia 15 de agosto para pedirem afastamento do cargo. Este prazo não vale para os casos de servidores que precisam se afastar seis meses antes da eleição, como é o caso de secretários municipais ou estaduais. Amanhã será a data limite para os servidores que precisam se desincompatibilizar 90 dias antes da eleição. Em Cacoal, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes administrativos, professores, médicos, policiais civis e outros servidores públicos municipais, estaduais e federais devem solicitar o afastamento e começar a caminhada por uma das vagas do legislativo municipal. Muitas pessoas falam em mudanças significativas na Câmara de Cacoal, mas isto somente será possível afirmar após a abertura das urnas na noite do dia 15 de novembro. Nas eleições de 2016, quatro vereadores foram reeleitos em Cacoal, o que significa que houve uma renovação de 66,66%. Vale lembrar que em 2016, quatro vereadores não disputaram a reeleição. Este ano, pelas informações que circulam, todos os vereadores tentarão a reeleição.
FALTA DE ÁGUA. Na sessão ordinária da Câmara de Cacoal, realizada na última segunda-feira, o vereador Paulinho do Cinema usou a tribuna da Casa de Leis para alertar a administração municipal sobre a constante falta de água em diversos bairros de Cacoal localizados um pouco mais distante da região central. O vereador afirmou que tem sido frequente a falta de água em bairros que ficam nas proximidades do Hospital Regional de Cacoal ou na região do Cemitério da Linha 06. A administração municipal em Cacoal precisa observar que a cidade cresceu e o Serviço Autônomo de Águas e Esgotos de Cacoal (SAAE) necessita estender sua rede para os bairros que ficam mais distantes da sede da autarquia de água. Essa situação de atender somente a região central da cidade não combina com a realidade de Cacoal, porque a cidade é muito diferente daquilo que era 20 ou 30 anos atrás. Claro que as pessoas dos bairros do setor central merecem respeito, mas as pessoas que vivem nos bairros mais distantes também pagam impostos e têm direito a serem atendidas com serviços de qualidade. A falta de água precisa acabar nos bairros de Cacoal e ainda neste mandato.
DESPERDÍCIO DE DINHEIRO. A prefeita Glaucione Rodrigues e muitos assessores têm falado com muito orgulho de algumas obras de pavimentação e manutenção de ruas e avenidas de Cacoal, mas esta não parece ser a opinião do vereador Claudinei Ribeiro (Castelinho). No começo desta semana, o vereador fez duras críticas contra a administração e comentou sobre a falta de estacionamentos e sobre o fato de quebrar o asfalto em lugares onde o asfalto foi colocado pouco tempo atrás. Sobre as obras de calçadas, Castelinho afirmou que a administração poderia aproveitar que está quebrando as os locais em que já existe calçada para fazer outras. Na avaliação do vereador, deveriam ser construídos lugares para estacionamentos de 45 graus nos espaços públicos utilizados para fazer calçadas com quatro metros de largura. Com relação aos lugares onde a empresa quebra o asfalto para fazer esgoto, Claudinei Castelinho quer saber por que a administração não planeja corretamente as obras, já que sabe da necessidade de construir a rede de esgoto. Realmente não dá para entender por que é preciso construir o asfalto e quebrar depois de pouco tempo, porque o desperdício é muito grande.
HOMENAGEMAOS MORTOS. A proximidade da data das eleições deste ano tem levado a Câmara de Cacoal a adotar diversas formas diferentes de atrair a atenção dos eleitores e mostrar serviço, após vários anos de pouca produtividade. Os vereadores adotaram, nas últimas sessões, a prática de aprovar leis para colocar nomes em prédios públicos do município. As homenagens póstumas viraram uma rotina no legislativo municipal e vários prédios ganharam novos nomes nestes últimos meses. Nós, da coluna, não somos contrários às homenagens, porque diversas pessoas que estão sendo lembradas realmente merecem receber o carinho e a lembrança das autoridades e da população, mas os vereadores bem que poderiam apresentar outros projetos para tentar resolver problemas da população que precisam de atuação da Câmara de Vereadores. Para citar apenas um exemplo, o sistema de transporte público para atender a população que vive no Riozinho, que enfrenta sérios problemas de transporte. Lá, inauguraram a rodoviária, mas não tem ônibus e nem linha de ônibus prá lugar nenhum. Se é uma rodoviária municipal, podia ter alguns horários durante o dia, com ida para Cacoal e retorno de Cacoal. Talvez essa atitude de arrumar qualquer motivo para mostrar trabalho seja o resultado da pressão que os atuais vereadores sofrem nas redes sociais, quando muitos eleitores e pré-candidatos pedem a renovação na Câmara de Cacoal.
VETO SINDICAL. O Sindicato dos Servidores Municipais de Cacoal ( SINSEMUC) parece não ter gostado nem um pouco da nova mania dos vereadores e reagiu contra a ação da Casa de Leis. Em pronunciamento divulgado em diversas redes sociais, o presidente em exercício do SINSEMUC, Fernando Neves, declarou que o sindicato já enviou pedido para a prefeita Glaucione Rodrigues, solicitando que a prefeita decida pelo veto de um projeto aprovado na última sessão, de autoria da vereadora Maria Simões, cuja finalidade é colocar o nome do pai da vereadora em uma creche do município. Segundo Fernando Neves, existe um acordo entre o sindicato e a Câmara de Cacoal para fazer homenagens aos servidores falecidos da educação em prédios e outros bens do município ligados à área de educação, como é o caso da creche. Como a vereadora Maria Simões é líder da prefeita na Câmara de Cacoal, certamente haverá um clima de saia justa, depois que o SINSEMUC se posicionou contra a ideia da vereadora.
QUEIMADAS EM CACOAL. A população de Rondônia precisa se conscientizar e evitar as queimadas no estado, porque isto prejudica muito a saúde da população. Infelizmente em Cacoal não é diferente e já houve diversos registros de queimadas ilegais e até criminosas na Capital do Café. Neste período do ano, as queimadas são muito perigosas não somente por causa dos problemas que podem causar à população, em relação às doenças que afetam o sistema respiratório, mas também porque as queimadas podem provocar acidentes de proporções muito graves, quando o fogo atinge outros lugares. Pode haver incêndios em residências, sítios, fazendas e chácaras. Além disso, é muito grande a quantidade de animais silvestres que são mortos por essas queimadas ilegais e este fato provoca um desequilíbrio ambiental sem limites. Evitar as queimadas é preservar a saúde e a vida das pessoas e dos animais.
VOLTA ÀS AULAS. Esta semana, a Secretaria de Educação de Rondônia divulgou uma matéria, em diversos órgãos de imprensa do estado, na qual estabelece algumas normas para serem adotadas pelas escolas estaduais, caso haja a volta das aulas presenciais ainda este ano. A matéria deixa claro que ainda não existe uma data prevista para o retorno e que são apenas discussões que precisam ser feitas sobre o tema. A nota diz ainda que a SEDUC vai solicitar relatório e análises das autoridades médicas e sanitárias, antes de tomar qualquer decisão sobre o assunto e que também vai ouvir as instituições ligadas à educação, como é o caso do Conselho Estadual de Educação, Ministério Público e sindicatos da educação. A Secretaria de Educação do estado deveria fazer uma pesquisa para saber a opinião das famílias dos alunos, porque muitos pais declaram que não mandarão os filhos para a escola este ano, mesmo que haja o retorno oficial. Esta situação precisa ser muito bem analisada, porque ainda não existe nenhuma forma comprovada de curar a Covid-19.