De acordo com o levantamento, a fome é o principal problema dos lares em que moram crianças com menos de dez anos
O candidato a Deputado Federal Vinicius Miguel (PSB) demonstrou muita preocupação após ser informado do resultado da segundo etapa do Vigisan (Inquérito Nacional sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia de COVID-19 no Brasil), levantamento realizado pela Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional) que foi divulgado por toda imprensa nacional no último 14 de setembro.
De acordo com a pesquisa, a fome é o principal problema dos lares em que moram crianças com menos de dez anos e que, a cada dez famílias brasileiras, três não conseguem comprar toda a comida que necessitam.
“A primeira fase desse levantamento revelou, em junho, que 33 milhões de brasileiros não têm o que comer. Agora, a segunda fase apresenta índices ainda mais tristes sobre a atual realidade do nosso país, que havia saído do Mapa da Fome em 2014”, comentou o candidato.
Para Vinicius Miguel, o atual cenário do Brasil é fruto do desmonte que a política nacional de segurança alimentar sofreu nos últimos anos.
“Em um passado não muito distante existia uma política nacional que garantia a segurança alimentar do povo brasileiro. Essa política precisa ser retomada se quisermos combater a fome com a eficácia que a realidade pede neste triste momento da história do Brasil”, enfatizou.
Criado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação), o conceito de segurança alimentar se refere a quando uma família tem acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade suficientes, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.
A segurança alimentar é dividida em três níveis: Leve, que é quando uma família convive diariamente com incerteza sobre a capacidade de conseguir alimentos; Moderado, quando a qualidade e a variedade dos alimentos foram comprometidas e determinadas refeições não são realizadas; e Grave, quando não são consumidos alimentos em um dia inteiro ou mais.
Segundo o estudo, a segurança alimentar leve atinge 28% da população brasileira, enquanto o nível moderado afeta 15,2% e o grave 15,5%, contra 41,3% dos brasileiros que possuem segurança alimentar garantida.